Temos 11 alunos entre os 5% melhores cientistas júniores do Brasil

9 alunas e alunos da Escola recebem medalhas nas Olimpíadas de Ciências: Isabela Moretto (1ª EM) e Bruno Hotza (2ª EM) são ouro. Bruno, por sinal, é bi: foi também ouro na edição passada. Adrian Hotza (3ª EM) e Maria Eduarda de Freitas Leitão (2ª EM) são prata. Rafaella Amorim Rios, do 7º ano, foi bronze. Obtiveram Menção Honrosa Felipe Cardoso Gonçalves, Julia Marina Gonçalves Cabral da Silva (1ª EM), Ottavio de Oliveira Rochadel (6º ano), Maria Luiza Haas Funes (7º ano).

5% do total de alunos classificados para a 2ª fase recebem alguma medalha ou uma menção honrosa. Assim, estes nossos 11 alunos estão entre os 5% melhores cientistas júniores do Brasil.

O evento, voltado para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, é uma realização conjunta de várias instituição de primeira linha nas ciências brasileiras: UNICAMP (Universidade de Campinas), Associação Brasileira de Química, Sociedade Brasileira de Física, Instituto Butantã, Sociedade de Astronomia Brasileira,

A edição de 2021 foi organizada pela Universidade Federal do Piauí e teve quase 2 milhões participantes.

20 alunos da Escola se inscreveram na primeira fase. Para saber como foi a experiência, realizamos uma entrevista com Rafaella Amorim Rios, bronze, e Maria Luiza Haas Funes, menção honrosa, ambas do 7º ano, e com Felipe Beux, professor de ciências do Fundamental e de biologia do Ensino Médio.

Rafaela Amorim, começa o relato: “no ano passado, eu estava em outra escola e já fazia olimpíadas de astronomia, essas coisas, mas este ano, achei as duas provas bem complicadas, mas estudei bastante, estou muito feliz com a medalha”

Maria Luiza, também não esconde o orgulho: “antes da prova, todo dia eu perguntava para o professor ‘quando você vai falar da prova?’ de tão ansiosa que eu estava. Nas férias eu estudei bastante, fiz resumo, não achava nem que ia passar na primeira fase, quase infartei de tanta felicidade quando vi que passei. Na segunda fase, nem me importava se ganhasse medalha, estava feliz de ter chegado, de ganhar menção honrosa, foi muito bom!”

Maria Luiza relata o processo: “quando você entra no site, tem os temas que podem cair, tem muita coisa para estudar, mas não cai tudo… Em biologia, tive dificuldade… tive que estudar bastante coisa que não tínhamos visto no ano passado.”

“Caiu questão de história, física, biologia. No ano passado [na outra escola], eu tinha física, química e biologia separados…” complementa Rafaella.

Felipe avalia a experiência. “No ano passado, no meio da pandemia, foi um ano mais de teste, para experimentar. Este ano, colocaram o 6º e o 7º ano, a participação foi bem legal, 20 se inscreveram, 11 foram para a 2ª fase, 9 ganharam medalhas, fiquei muito feliz… na verdade, os que não tiveram medalha é que abandonaram ou não fizeram a prova. Não é uma competição para dizer ‘eu sou o melhor de todos’, eles distribuem os prêmios pela pontuação que você faz, vários alunos podem ter ouro ou prata, então, tem a ver com o acúmulo de conhecimentos, você vai construindo…

“Antes, a abordagem de ciências era mais interdisciplinar, mas este ano, do 6º ano em diante, na Escola, o programa de ciências separa bem biologia, física e química. Isto ajuda. Mas, o fato de se inscrever, participar, fazer, é o mais interessante: antes, era só o pessoal do Ensino Médio, agora, os alunos do 6º ano em diante estão podendo participar…”

Alunas e professor arriscam até situar o fato no contexto sombrio em que vivemos.

“A gente tem que saber diferenciar a ciência da questão religiosa, se for pela questão religiosa, a terra está no centro do universo, e a gente sabe que não é verdade…”, afirma Rafaella.

Maria Luiza relata uma conversa com um amigo: “ele sempre vê o que dizem os terraplanistas para saber o que as pessoas acham sobre isso e porque elas acham… eles viu um comentário assim: ‘o universo tem tantos anos, mas são tantos anos luz’, a gente pensou, ‘como assim? a pessoa nem tem base no argumento dela, nem sabe o que significa anos luz’…”

“atualmente, ter que falar que a crença não é a mesma coisa que a ciência está até meio cansativo, não precisaria, mas a gente tem que falar…” conclui Felipe.

Concordamos com os organizadores das Olimpíadas, para quem “tempo estudando é tempo ganho, aprender é sinônimo de crescer. O estudante é aquele que sempre está em busca de aumentar seus conhecimento. Parabéns a todos eles, que são a nossa esperança para um futuro melhor.”

Pelos tempos que correm, um dos desafios da Escola é, justamente, estimular o interesse dos alunos pelas ciências, reforçar seu conhecimento dos métodos científicos, fornecer as ferramentas de que necessitam para distinguir fatos reais verificados, de crenças ou de fake-news.

Além de parabenizar nossos alunos, devemos parabenizar e agradecer os organizadores, pois, em tempos de cortes drásticos de recursos para a ciência e a educação, manter viva a iniciativa é uma prova de dedicação e obstinação.

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