“Hoje foi falar sobre o amor”, disse Aisha Endrews Ribeiro Da Silva, estudante do 6º ano B no auditório Antonieta de Barros, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC).
Este é um trecho do Debate Socrático, que está em sua segunda edição e envolve Filosofia, História e Língua Portuguesa. O objetivo é desenvolver a inteligência emocional dos estudantes do 6º ano. As emoções são colocadas uma frente à outra para os alunos explorarem suas coerências e contradições.
“Hoje vou falar sobre o amor”, Aisha Endrews Ribeiro da Silva, “uma emoção que transcende os limites da região lógica e da razão. O amor nos ensina a respeitar as diferenças”. Sua dupla Artur de Albuquerque Mello da Silva, 6º ano B, cita um exemplo, “A independência Farroupilha aconteceu, pois os gaúchos tinham um amor incondicional ao seu povo”.
Do outro lado da tribuna, Bernardo Rodriguez De Souza, 6º ano B, defende o ódio: “Em certos casos, o ódio por injustiças ou opressões pode mobilizar indivíduos e grupos para lutar por mudanças sociais e igualdade”. Após o momento de defesa de cada proposta, uma rodada de perguntas e respostas. Por fim, os cidadãos atenienses votam por quem apresentou os melhores argumentos. Neste debate socrático quem vence é o diálogo e o aprendizado.
O professor de filosofia André Padilha Neves comenta sobre a importância do trabalho interdisciplinar. O debate socrático contou com a professora de Língua Portuguesa Ana Carolina Jeffe Mondadori, trabalhando os tipos de argumentação, e a professora de História Daniela Marangoni Costa, relacionando as emoções aos fatos históricos.
“Ver os alunos do 6º ano se apropriando do tema das emoções e trazer para a discussão é algo para eles levarem durante a vida. O trabalho alcançou o objetivo e a gente está muito feliz com isso”, conclui Padilha.
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