A Escola da Ilha é uma das raras – senão a única – de Florianópolis a oferecer a disciplina de Cinema no seu currículo.
Junto com o Teatro e as Artes Plásticas, ela está entre as opções oferecidas aos alunos do 8º ano do Fundamental à 2ª série do Ensino Médio. Não se trata, apenas, de aprender técnicas de gravação e montagem de vídeos.
Nosso objetivo é múltiplo. Em primeiro lugar, queremos que os alunos tenham contato e compreendam o que a humanidade produziu em matéria de artes, no maior número de meios possíveis. Inventado no final do século XVIII, o cinema firmou-se como uma das áreas mais importantes da expressão artística, com fortes influências nas demais, e é objeto de pesquisas e estudos, além de ser um campo importantíssimo da indústria cultural, com influências em várias atividades econômicas.
Queremos, também, abrir espaços para que os alunos exercitem a sua expressão artística no campo com o qual mais se identificam. No caso do cinema, os alunos tem a oportunidade de trabalhar várias habilidades distintas, como a escrita, a expressão verbal, a fotografia, a edição de áudio e vídeo, etc.
As turmas de 8º e 9º ano, com 2 horas semanais de artes, são reunidas e sub-divididas em grupos de acordo com a opção de artes (Cinema, Teatro, Artes Plásticas). No Ensino Médio, a carga horária se reduz (1 hora semanal).
Como tudo o que fazemos na Escola, temos um programa estruturado. Os alunos começam estudando as 3 principais categorias do cinema: o documentário, a ficção e a animação. É nessa fase que travam conhecimento com os pioneiros do cinema, os irmãos Lumière, que inauguram a arte com trabalhos essencialmente documentais, Georges Méliès, que introduz a ficção e os efeitos especiais, e Alice Guy Blaché, mulher pioneira no cinema, esquecida pelos estudiosos e a historiografia redescoberta recentemente.
No primeiro semestre de 2017, a turma trabalhou com uma temática – “a produção de memórias no Cinema: uma reflexão sobre o cinema documentário” – o que explica a linguagem documental na maioria dos seus trabalhos. No começo do ano, por exemplo, eles assistiram ao documentário de longa-metragem colaborativo “A vida em um dia” de Kevin MacDonald (2010) e foram desafiados a entrevistarem pessoas de diferentes idades com as perguntas “O que você mais ama?”; “Do que você tem medo?” e “O que você tem no bolso/bolsa?”.
Assim, os alunos se depararam com os primeiros desafios de filmagem e edição de vídeo, aprendendo a trabalhar em grupo e fazendo entrevistas com jovens, crianças e idosos. O resultado compacto de alguns trabalhos pode ser conferido aqui.
Em maio, a turma também fez uma visita à exposição “Making of” no Museu da Imagem e Som no CIC, onde tiveram contato com alguns elementos dos bastidores da produção de alguns filmes documentais e ficcionais do cinema catarinense contemporâneo. Saibam mais lendo a matéria sobre esta visita ou assistindo o vídeo que os alunos fizeram sobre a visita.
Após essas experiências, os alunos iniciaram suas pesquisas e elaboração de pré-roteiro dos documentários com temáticas do universo cinematográfico.
“Quem inventou o cinema? Como eram os primeiros filmes? Com o youtube, o cinema pode acabar?” foram algumas das perguntas que surgiram como ponto de partida dos grupos.
Confira aqui alguns resultados:
“A história do cinema – o começo!”
“Quem foi Georges Méliès?”
Um dos filmes produzidos – “Etapas de um audiovisual” – ficou tão bom que foi inscrito e aceito no Festival Pequeno Cineasta, que acontecerá em outubro desse ano no RJ.
Os alunos se aventuram, também, em outras linguagens cinematográficas. No ano passado, por exemplo, eles produziram, com os alunos de artes plásticas (Professora Elisa), o filme “Projeto Aquarela”, com trilha sonora de Toquinho.
Já com alguma base para filmar, editar e trabalhar em grupo, as aulas começam a ser mais elaboradas, abordando o cinema de ficção. A Oficina de Escrita Criativa é o viveiro de onde são nascem as ideias para os filmes. Mas os alunos aprendem também a roteirizar, decupar em storyboard, produzir, filmar e editar.
Ao final do ano, a partir da compreensão da origem do cinema e da aquisição das noções básicas de todas as etapas de produção audiovisual, os alunos começam a poder se expressar através desse meio e adquirem um olhar mais crítico e reflexivo para o universo audiovisual que os cerca.
Na 1ª série do Ensino Médio, a meta é descortinar o uso do som no cinema: som ambiental, uso de trilha sonora, montagem e edição do som. Os alunos assistem filmes mudos (o cinema era assim até a década de 30 do século XX), por exemplo, que mostram ser possível é contar uma história sem som. Depois, estudando a estética do videoclipe e o conceito de montagem dialética do Eisenstein (cineasta russo do início do século XX), eles analisam o outro extremo: os projetos em que o som é protagonista.
Na 2ª série do EM, é a vez da fotografia, da descoberta da linguagem das imagens, em sua composição visual e estética. O primeiro exercício é fotografar intuitivamente e discutir as referências e as preferências de cada um, mas também os resultados das suas experiências. Com essa base, eles passam ao aprendizado de algumas regras básicas de composição de imagem, que aplicarem em vários exercícios, sempre discutidos e socializados. O resultado deste trabalho é uma Mostra Fotográfica (confira aqui a galeria), com tema eleito por eles. No segundo semestre, os alunos analisam a fotografia de filmes, exercitam a fotografia em vídeos experimentais e aprendem a trabalhar a imagem de forma dinâmica, não-estática.
Como os alunos podem mudar de disciplina ao longo deste período, o trabalho é organizado de forma não cumulativa, ou seja, as dinâmicas e as estratégias permitem a participação de alunos sem experiência em cinema e garantam a sua sensibilização para o universo do cinema.
Além das aulas curriculares, a professora Ally realiza uma oficina extra-curricular de cinema, para crianças de 7 a 12 anos. Você pode ver a galeria de fotos da oficina e acompanhar o resultado do trabalho dela assistindo o documentário “E se o recreio acabasse?“. Como a iniciativa é rara, os alunos desta oficina foram escolhidos para compor o júri infantil do Festival de Cinema Infantil de Florianópolis, que aconteceu em junho passado (veja fotos aqui).
Para saber mais, acesse o blog da professora de cinema da Escola, Ally Colaço.
3° ANO B ENTREVISTA CAMPEÕES MUNDIAIS
A Escola da Ilha é uma das raras – senão a única – de Florianópolis a oferecer a disciplina de Cinema no seu currículo.
Junto com o Teatro e as Artes Plásticas, ela está entre as opções oferecidas aos alunos do 8º ano do Fundamental à 2ª série do Ensino Médio. Não se trata, apenas, de aprender técnicas de gravação e montagem de vídeos.
Nosso objetivo é múltiplo. Em primeiro lugar, queremos que os alunos tenham contato e compreendam o que a humanidade produziu em matéria de artes, no maior número de meios possíveis. Inventado no final do século XVIII, o cinema firmou-se como uma das áreas mais importantes da expressão artística, com fortes influências nas demais, e é objeto de pesquisas e estudos, além de ser um campo importantíssimo da indústria cultural, com influências em várias atividades econômicas.
Queremos, também, abrir espaços para que os alunos exercitem a sua expressão artística no campo com o qual mais se identificam. No caso do cinema, os alunos tem a oportunidade de trabalhar várias habilidades distintas, como a escrita, a expressão verbal, a fotografia, a edição de áudio e vídeo, etc.
As turmas de 8º e 9º ano, com 2 horas semanais de artes, são reunidas e sub-divididas em grupos de acordo com a opção de artes (Cinema, Teatro, Artes Plásticas). No Ensino Médio, a carga horária se reduz (1 hora semanal).
Como tudo o que fazemos na Escola, temos um programa estruturado. Os alunos começam estudando as 3 principais categorias do cinema: o documentário, a ficção e a animação. É nessa fase que travam conhecimento com os pioneiros do cinema, os irmãos Lumière, que inauguram a arte com trabalhos essencialmente documentais, Georges Méliès, que introduz a ficção e os efeitos especiais, e Alice Guy Blaché, mulher pioneira no cinema, esquecida pelos estudiosos e a historiografia redescoberta recentemente.
No primeiro semestre de 2017, a turma trabalhou com uma temática – “a produção de memórias no Cinema: uma reflexão sobre o cinema documentário” – o que explica a linguagem documental na maioria dos seus trabalhos. No começo do ano, por exemplo, eles assistiram ao documentário de longa-metragem colaborativo “A vida em um dia” de Kevin MacDonald (2010) e foram desafiados a entrevistarem pessoas de diferentes idades com as perguntas “O que você mais ama?”; “Do que você tem medo?” e “O que você tem no bolso/bolsa?”.
Assim, os alunos se depararam com os primeiros desafios de filmagem e edição de vídeo, aprendendo a trabalhar em grupo e fazendo entrevistas com jovens, crianças e idosos. O resultado compacto de alguns trabalhos pode ser conferido aqui.
Em maio, a turma também fez uma visita à exposição “Making of” no Museu da Imagem e Som no CIC, onde tiveram contato com alguns elementos dos bastidores da produção de alguns filmes documentais e ficcionais do cinema catarinense contemporâneo. Saibam mais lendo a matéria sobre esta visita ou assistindo o vídeo que os alunos fizeram sobre a visita.
Após essas experiências, os alunos iniciaram suas pesquisas e elaboração de pré-roteiro dos documentários com temáticas do universo cinematográfico.
“Quem inventou o cinema? Como eram os primeiros filmes? Com o youtube, o cinema pode acabar?” foram algumas das perguntas que surgiram como ponto de partida dos grupos.
Confira aqui alguns resultados:
“A história do cinema – o começo!”
“Quem foi Georges Méliès?”
Um dos filmes produzidos – “Etapas de um audiovisual” – ficou tão bom que foi inscrito e aceito no Festival Pequeno Cineasta, que acontecerá em outubro desse ano no RJ.
Os alunos se aventuram, também, em outras linguagens cinematográficas. No ano passado, por exemplo, eles produziram, com os alunos de artes plásticas (Professora Elisa), o filme “Projeto Aquarela”, com trilha sonora de Toquinho.
Já com alguma base para filmar, editar e trabalhar em grupo, as aulas começam a ser mais elaboradas, abordando o cinema de ficção. A Oficina de Escrita Criativa é o viveiro de onde são nascem as ideias para os filmes. Mas os alunos aprendem também a roteirizar, decupar em storyboard, produzir, filmar e editar.
Ao final do ano, a partir da compreensão da origem do cinema e da aquisição das noções básicas de todas as etapas de produção audiovisual, os alunos começam a poder se expressar através desse meio e adquirem um olhar mais crítico e reflexivo para o universo audiovisual que os cerca.
Na 1ª série do Ensino Médio, a meta é descortinar o uso do som no cinema: som ambiental, uso de trilha sonora, montagem e edição do som. Os alunos assistem filmes mudos (o cinema era assim até a década de 30 do século XX), por exemplo, que mostram ser possível é contar uma história sem som. Depois, estudando a estética do videoclipe e o conceito de montagem dialética do Eisenstein (cineasta russo do início do século XX), eles analisam o outro extremo: os projetos em que o som é protagonista.
Na 2ª série do EM, é a vez da fotografia, da descoberta da linguagem das imagens, em sua composição visual e estética. O primeiro exercício é fotografar intuitivamente e discutir as referências e as preferências de cada um, mas também os resultados das suas experiências. Com essa base, eles passam ao aprendizado de algumas regras básicas de composição de imagem, que aplicarem em vários exercícios, sempre discutidos e socializados. O resultado deste trabalho é uma Mostra Fotográfica (confira aqui a galeria), com tema eleito por eles. No segundo semestre, os alunos analisam a fotografia de filmes, exercitam a fotografia em vídeos experimentais e aprendem a trabalhar a imagem de forma dinâmica, não-estática.
Como os alunos podem mudar de disciplina ao longo deste período, o trabalho é organizado de forma não cumulativa, ou seja, as dinâmicas e as estratégias permitem a participação de alunos sem experiência em cinema e garantam a sua sensibilização para o universo do cinema.
Além das aulas curriculares, a professora Ally realiza uma oficina extra-curricular de cinema, para crianças de 7 a 12 anos. Você pode ver a galeria de fotos da oficina e acompanhar o resultado do trabalho dela assistindo o documentário “E se o recreio acabasse?“. Como a iniciativa é rara, os alunos desta oficina foram escolhidos para compor o júri infantil do Festival de Cinema Infantil de Florianópolis, que aconteceu em junho passado (veja fotos aqui).
Para saber mais, acesse o blog da professora de cinema da Escola, Ally Colaço.