3 x E + F = TERCEIRÃO?

[3 x e + f]

Seria essa a fórmula para descrever o terceirão?

Fato é que o último ano do Ensino Médio é sinônimo de estudo, estresse, escolhas… e formatura, ou seja, despedidas.

O último ano do Ensino Médio começa com uma certeza: estudar é preciso, já que a maioria quer entrar em uma universidade. E todos sabemos que o nível de exigência dos vestibulares chega a ser quase absurdo e que o ritmo da Escola também fica mais puxado.

O Terceirão da Escola da Ilha é, em realidade, uma revisão de todo o conteúdo do Ensino Médio, que é, em grande parte, ensinado na 1ª e na 2ª série. Para dar conta disso, além de uma carga horária mais carregada, com várias aulas à tarde, organizamos plantões de dúvidas e vários simulados.

Em complemento, organizamos, sob a batuta do professor Oto, de História, uma aula opcional semanal, focada em história e na interdisciplinaridade. Isso ajuda na preparação para o ENEM e para as questões multidisciplinares do vestibular da UFSC.

As provas são agrupadas em um horário especial e acontecem todas as semanas: duas horas de questões de pelo menos duas disciplinas. Isso ajuda os alunos a treinar a gestão do tempo, a mudança de assunto, os vários tipos de enunciados aos quais serão confrontados. Há, também, simulados dos vestibulares e do ENEM, que “contam nota” e também ajudam os alunos a treinar o gerenciamento do tempo e se habituar com o tipo de provas que terão pela frente.

Todos os alunos e ex-alunos repetem que o que o ritmo é sobre-humano e o stress, inevitável!

No decorrer do ano, vai se aproximando para muitos um grande dilema: escolher um curso para o Vestibular da UFSC. A escolha, por si só, gera ansiedade: que futuro quero para mim? Para a maioria, a ansiedade vem de longe: desde que acabam o 9º ano, todos os alunos escutam à exaustão a pergunta: “já decidiu para que vai fazer vestibular?”.

Nem sempre eles estão convictos da escolha de curso, o que é normal aos 17 anos de idade. Metade dos cursos da UFSC tem mais de 50% de evasão. Depois da necessidade de trabalhar (apontada por 45% dos alunos), a segunda causa principal é a mudança de interesse, de opção de vida ou indecisão profissional (43%, em questionário que permite respostas múltiplas), a sexta é o erro na tomada de decisão quanto a escolha do curso (23%).

Esta é uma das inúmeras razões que nos fazem acreditar que, ao final do terceirão, o resultado do vestibular importa, mas não é decisivo na vida dos alunos. Acreditamos, também, que a estratégia adotada por cursinhos e alguns colégios – martelar, aula após aula, que os alunos vão ter sucesso no vestibular – em vez de motivar os alunos, pode ter o efeito inverso: criar mais estresse e ansiedade, o que certamente atrapalha na preparação para esta etapa.

Além de tomar muito cuidado em manter um ambiente produtivo e descontraído, temos várias atividades que permitem lidar com os 3 “e”. Em todo início de ano letivo, a Escola da Ilha convida profissionais de várias áreas – em geral, ex-alunos ou pais de alunos – para conversar com os alunos sobre os cursos que fizeram, as diferentes áreas de atuação e o dia a dia da sua profissão. Depois de publicado o edital do Vestibular da UFSC, os alunos têm, também, uma palestra dos responsáveis da COPERVE – Comissão de Organização do Vestibular.

Realizamos também, ao longo do ano várias atividades que ajudam na “descompressão”. Convidamos ex-alunos – em 2017, foi a vez de Kauê Ferraz Guardini e Izumi Takimoto Schmiegelow – para relatar suas experiências no último ano do Ensino Médio e, sobretudo, como lidaram com estas questões. Em 2017, organizamos também atividades com exercícios de relaxamento, com a esperança – pouco convicta, é verdade – de que sejam reproduzidos por eles durante o ano… Veja algumas fotos dessas atividades aqui.

Os alunos participam, também, das Olimpíadas, último evento “escolar” de peso. Em outubro, pouco antes do ENEM, é muito bem vinda uma semana de disputa e suor, mas também de solidariedade… e longe dos livros! O registro do Terceirão nas Olimpíadas está nesta galeria de fotos.

Resultado? Para muitos uma vaga na universidade (veja o desempenho dos nossos alunos nos últimos anos), e, para todos, amizades e lembranças que todos carregarão em si por longos anos.

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