Uma viagem ao interior da terra, em Botuverá

Era 29 de abril de 2025, uma terça-feira, e os estudantes do 6º ano da Escola da Ilha se preparavam para o estudo nas galerias subterrâneas das grutas de Botuverá. Historicamente uma colônia ítalo-brasileira, o município de Botuverá abriga um sítio geológico com diversas cavernas. A maior delas possui 9 salões com alturas de até 20 metros e comprimento de 1,5 quilômetro. O objetivo da viagem foi aliar os atrativos dos locais com conhecimentos teóricos abordados no decorrer do ano nas disciplinas de Ciências e Geografia.

Valentina Martins, 6º ano A: “A gente chegou lá e era um parque bem grande e bem arborizado. Passamos por uma ponte até a casa de recepção. Dividimos em grupos e assistimos a um vídeo, que passava algumas imagens e instruções sobre a caverna.”

Certamente o leitor deve ter notado que a estudante chamou as Grutas de Botuverá de “caverna”, e ela mesma explica a escolha: “A diferença entre gruta e caverna é que geralmente a gruta tem várias entradas e a caverna só tem uma”. Sendo assim, o correto seria a Caverna de Botuverá.

“No vídeo”, continua Cauã Pinheiro, 6º ano B, “explicavam o que poderia e o que não poderia ser levado para dentro da caverna. Não podia gritar, falar alto e nem correr. São 9 salões, mas a gente só visitou 3 que são os que têm iluminação.”

Ao adentrar, os estudantes tiveram que passar por uma entrada estreita até chegar em um grande salão com estruturas pontiagudas que partiam do teto ao direção do chão, assim como outras do chão em direção ao teto. Eram as estalactites e as estalagmites, respectivamente.

Valentina Martins, 6º ano A: “Tinham umas muito grandes! Elas vão pingando e formando uma no teto e outra no chão até formar uma coluna. Elas levam 100 anos para crescer 1 centímetro. Não podia passar a mão porque com a gordura da mão dificultaria o crescimento delas.”

Cauã Pinheiro, 6º ano B: “Bem no lugar que a gente parou tinha aquela estalactite gigante, mas quando você olha para cima e está tudo escuro não dá para ver nada. Eu olhava para cima e pensava: vai cair! Entretanto ninguém ousou gritar, porque tem um fenômeno da física do som que pode fazer elas caírem.”

Após uma experiência em silêncio e no escuro onde se ouviam apenas as gotas de água, o guia levou o grupo em segurança para fora. A aventura marcou os estudantes que relataram uma nova perspectiva sobre o mundo subterrâneo.

Valentina Martins, 6º ano A: “Antes de ir, sinto que teria feito um texto bem superficial. Quando você olha a entrada não parece haver um espaço gigante embaixo da terra.”

Cauã Pinheiro, 6º ano B: “Antes, se fosse para desenhar teria feito um lugar bem pequeno e estreito. Adorei a experiência!”

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