“O uirapuru é um pássaro bem bonito da Amazônia, dizem que quando ele canta, todos os animais se calam”.
Essa descoberta, citada pela aluna Elena Karvat, foi só um dos aprendizados dos alunos do 2º ano A do Fundamental, os Guardiões da Amazônia, que se dedica, desde o início do ano, a descobrir esta região da América Latina.
Tudo começou com um assunto que parece simples: a fauna e a flora brasileiras, que precisamos preservar. Conversa vai, pesquisa vem, os alunos foram muito mais longe. A começar pela escolha do nome, um processo democrático que eles assimilaram bem. Quem conta são os próprios alunos, em conversa com a reportagem:
– “eu escolhi o nome da turma Amazônia…”
– “foi uma sugestão, o nome foi a turma que escolheu!.”
– “aí, num dia que eu não vim, a Julia sugeriu o nome Guardiões da Amazônia e foi esse que a turma escolheu.”
Os primeiros passos levaram a muitas descobertas sobre a floresta, a fauna e a flora da Amazônia. Um pouco deste trabalho foi mostrado no Encontrão. Com a palavra, os alunos:
– “a gente apresentou os animais da Amazônia, por exemplo, eu apresentei a Garça Real, o Mateus mostrou o jacaré açú.”
– “eu fiz o uirapurú.”
– “eu fiz o macaco de cheiro, a Gabi fez a onça pintada, a Dani fez o boto cor de rosa.”
– “eu fiz a anaconda e eu soube que ela esmaga os ossos dos animais para engolir.”
– “eu fiz a sucuri e a gente fez os desenhos das lendas.”
– “na sala, tinha a sumaúma e a gente ajudou a colocar as folhas no chão, na parede e no teto.”
– “e também tem duas cores de água que não se misturam, o Rio Solimões e o Rio Amazônia.”
Dois pais de alunos foram à sala conversar com os alunos. Élio Karvat, pai da Elena, que trabalha no IBAMA e viveu na Amazônia, relata: “Falei da abrangência do bioma, da diversidade de ambientes e, portanto, de organismos vivos na amazônia. Partindo de imagens de animais que geralmente são mostrados nas mídias, como elefantes, apresentei imagens de animais tipicamente amazônicos, que são pouco conhecidos por quem não é da região, como a pacarana, e expliquei rapidamente como vivia cada espécie. Os alunos não conseguiam identificar a maior parte dos animais amazônicos, mas fizeram inúmeras perguntas e questionamentos. No final, apresentei algumas algumas imagens que mostravam que o desconhecimento leva a destruição desse importante bioma. A conversa foi muito proveitosa e enriquecedora.” Elio fez também um relato sobre a reintrodução na mata dos animais silvestres resgatados de traficantes de animais.
Aylhana Barcaro, mai da Aymê, aluna que nasceu em Santarém, no Pará, também esteve com a turma. “Falei sobre o açaí, a pitomba, o murucí, o pajurá, o cupuaçú e outras frutas. Relatei que a mandioca está na base alimentar da região, que dela se faz a farinha, a tapioca, o tucupí, com o qual se faz o tacacá e o pato no tucupí, falei da maniçoba, que se faz da folha da mandioca, que tem que ser cozida durante vários dias para eliminar um veneno que ela contém.”
“Falei também sobre as brincadeiras das crianças ribeirinhas. Enfatizei bastante da interação das crianças com a natureza, especialmente as crianças ribeirinhas. Na Amazônia, há núcleos urbanos, onde a população tem as facilidades do mundo moderno, a internet, a eletricidade. Mas há comunidades e tribos indígenas isoladas onde as crianças não tem acesso a nada disso. Mostrei as crianças brincando nos rios, em canoas, pescando, fazendo jogos coletivos. Falei da importância do brincar livre, que não precisamos de brinquedos e outras coisas para ter brincadeiras saudáveis. Quando viram as imagens das crianças indígenas nuas, perguntaram porque não usavam roupas e se não sentiam frio no inverno. Então, tivemos que explicar as diferenças climáticas, o fato de que lá as temperaturas são quentes o ano inteiro.”
Os alunos se impressionaram com as lendas que tem origem na região, entre elas a do Boitatá, da Iara, do Boto Rosa, da Cobra Grande, do Curupira… Este foi um dos temas apresentados no encontrão.
Mas, era inevitável que eles pesquisassem sobre os animais em extinção e sobre o desmatamento:
– “a gente estudou sobre a Amazônia e a gente descobriu que ela está sendo bem desmatada e também que o Amazonas é o rio mais grande do mundo.”
– “e tem um dos sites mais respeitáveis do Brasil que está escrito ‘fazendeiros que põem fogo na floresta amazônica para ter espaço de construir fazendas’.“
– “tem muita gente que mata a floresta e fica atingindo os animais, aí tem vários animais extintos.”
“O uirapuru é um pássaro bem bonito da Amazônia, dizem que quando ele canta, todos os animais se calam”.
Essa descoberta, citada pela aluna Elena Karvat, foi só um dos aprendizados dos alunos do 2º ano A do Fundamental, os Guardiões da Amazônia, que se dedica, desde o início do ano, a descobrir esta região da América Latina.
Tudo começou com um assunto que parece simples: a fauna e a flora brasileiras, que precisamos preservar. Conversa vai, pesquisa vem, os alunos foram muito mais longe. A começar pela escolha do nome, um processo democrático que eles assimilaram bem. Quem conta são os próprios alunos, em conversa com a reportagem:
– “eu escolhi o nome da turma Amazônia…”
– “foi uma sugestão, o nome foi a turma que escolheu!.”
– “aí, num dia que eu não vim, a Julia sugeriu o nome Guardiões da Amazônia e foi esse que a turma escolheu.”
Os primeiros passos levaram a muitas descobertas sobre a floresta, a fauna e a flora da Amazônia. Um pouco deste trabalho foi mostrado no Encontrão. Com a palavra, os alunos:
– “a gente apresentou os animais da Amazônia, por exemplo, eu apresentei a Garça Real, o Mateus mostrou o jacaré açú.”
– “eu fiz o uirapurú.”
– “eu fiz o macaco de cheiro, a Gabi fez a onça pintada, a Dani fez o boto cor de rosa.”
– “eu fiz a anaconda e eu soube que ela esmaga os ossos dos animais para engolir.”
– “eu fiz a sucuri e a gente fez os desenhos das lendas.”
– “na sala, tinha a sumaúma e a gente ajudou a colocar as folhas no chão, na parede e no teto.”
– “e também tem duas cores de água que não se misturam, o Rio Solimões e o Rio Amazônia.”
Dois pais de alunos foram à sala conversar com os alunos. Élio Karvat, pai da Elena, que trabalha no IBAMA e viveu na Amazônia, relata: “Falei da abrangência do bioma, da diversidade de ambientes e, portanto, de organismos vivos na amazônia. Partindo de imagens de animais que geralmente são mostrados nas mídias, como elefantes, apresentei imagens de animais tipicamente amazônicos, que são pouco conhecidos por quem não é da região, como a pacarana, e expliquei rapidamente como vivia cada espécie. Os alunos não conseguiam identificar a maior parte dos animais amazônicos, mas fizeram inúmeras perguntas e questionamentos. No final, apresentei algumas algumas imagens que mostravam que o desconhecimento leva a destruição desse importante bioma. A conversa foi muito proveitosa e enriquecedora.” Elio fez também um relato sobre a reintrodução na mata dos animais silvestres resgatados de traficantes de animais.
Aylhana Barcaro, mai da Aymê, aluna que nasceu em Santarém, no Pará, também esteve com a turma. “Falei sobre o açaí, a pitomba, o murucí, o pajurá, o cupuaçú e outras frutas. Relatei que a mandioca está na base alimentar da região, que dela se faz a farinha, a tapioca, o tucupí, com o qual se faz o tacacá e o pato no tucupí, falei da maniçoba, que se faz da folha da mandioca, que tem que ser cozida durante vários dias para eliminar um veneno que ela contém.”
“Falei também sobre as brincadeiras das crianças ribeirinhas. Enfatizei bastante da interação das crianças com a natureza, especialmente as crianças ribeirinhas. Na Amazônia, há núcleos urbanos, onde a população tem as facilidades do mundo moderno, a internet, a eletricidade. Mas há comunidades e tribos indígenas isoladas onde as crianças não tem acesso a nada disso. Mostrei as crianças brincando nos rios, em canoas, pescando, fazendo jogos coletivos. Falei da importância do brincar livre, que não precisamos de brinquedos e outras coisas para ter brincadeiras saudáveis. Quando viram as imagens das crianças indígenas nuas, perguntaram porque não usavam roupas e se não sentiam frio no inverno. Então, tivemos que explicar as diferenças climáticas, o fato de que lá as temperaturas são quentes o ano inteiro.”
Os alunos se impressionaram com as lendas que tem origem na região, entre elas a do Boitatá, da Iara, do Boto Rosa, da Cobra Grande, do Curupira… Este foi um dos temas apresentados no encontrão.
Mas, era inevitável que eles pesquisassem sobre os animais em extinção e sobre o desmatamento:
– “a gente estudou sobre a Amazônia e a gente descobriu que ela está sendo bem desmatada e também que o Amazonas é o rio mais grande do mundo.”
– “e tem um dos sites mais respeitáveis do Brasil que está escrito ‘fazendeiros que põem fogo na floresta amazônica para ter espaço de construir fazendas’.“
– “tem muita gente que mata a floresta e fica atingindo os animais, aí tem vários animais extintos.”