Triângulos indestrutíveis: o 8º ano e suas pontes

Eles estão em toda parte. Os triângulos podem ser vistos desde os telhados das casas até as estruturas de construção civil da Ponte Hercílio Luz, por exemplo. Isso acontece por ser uma forma geométrica rígida, que não se deforma.

Aplicando este conhecimento, os 8º anos construíram pontes com palitos de picolé e cola como um experimento matemático. Durante o 2º dia do Encontrão, todas as estruturas foram testadas. Afinal, quanto peso será que elas aguentaram?

O primeiro passo foi a pesquisa orientada pelas professoras de matemática Rafaele de Souza e Jéssica Ignácio de Souza. As turmas fizeram uma saída pedagógica para a competição de pontes de palito realizada pelos estudantes de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina.

A estudante do 8º ano A, Luiza Ferrari Cavalheiro, explica as regras: “Vencia a que aguentasse mais peso e fosse mais leve. Eles começaram medindo a ponte para ver se tinha o tamanho correto e depois partiram para os pesos. 2kg, 8kg, 12kg, 15kg, 30kg, 70kg …”.

“A que mais resistiu aguentou mais de 300 kg!”, comenta a colega de turma Isadora Model Porto. “Eles sentavam em cima da ponte! Eles usaram uns 800 palitos e tinha um máximo de meio quilo de cola. Eles usavam triângulos, porque é uma forma que aguenta mais peso. Quando meu grupo fez a nossa, a base foi feita de triângulos”

Aprender através de saídas de campo faz com que os estudos de matemática trabalhem muito mais do que apenas números. “Foi muito legal ter a experiência de entrar na universidade e ver os alunos fazendo esses projetos”, diz Isadora. “Importante para aprender como construir uma estrutura melhor, encaixar as ideias e trabalhar bem o tempo. Teve gente que fez em uma semana.”

Eles puderam ver como os princípios matemáticos são aplicados na construção de estruturas reais, além de obterem inspiração para o desenvolvimento de suas próprias pontes. “Esta atividade ajuda a compreender a matemática e suas aplicabilidades, a torna muito mais satisfatória e dinâmica”, relata a professora Rafaele de Souza.

Luiza gostou tanto da experiência que faz um convite aos leitores: “Acho legal todo mundo fazer uma ponte em casa. Cola, palito e muito trabalho para você experimentar colocar pesos em cima. Até subir em cima. É muito legal!”.

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