Olimpíadas de História: 1ª em SC, equipe vai à final

A equipe da Escola da Ilha, composta por Giovanna Galastri, Samuel Rossato e Bernardo Gershenson, da 1ª série A, voltou da final da 16ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) com medalhas de honra e muitas reflexões. Os estudantes, que formam a equipe “De Volta para o Passado 3”, conquistaram o primeiro lugar nas eliminatórias de Santa Catarina, destacando-se pelo trabalho sobre a repatriação do Manto Tupinambá, do século XVI.

Como foi trabalhar com o tema do Manto Tupinambá?

Bernardo: “Este manto tupinambá estava no museu da Dinamarca desde 1637, e foi este ano de 2024 que ele voltou ao Brasil. Para os dinamarqueses, não tinha referência, mas para os indígenas ele é como um guardião. Uma peça importante da cultura.”

O que usaram para falar sobre patrimônio material?

Samuel: “Eu li um pouco do diário do meu avô, que minha mãe guardava. Ele usava para falar como era a vida dele, as colheitas, mas tinha uma página… Meu avô nunca foi de chorar. Só que tem uma parte do diário em que ele fala da morte do irmão, e nesta parte tinham manchas de lágrimas na folha. Foi muito importante conhecer este lado do meu avô.”

Giovanna: “Minha família, sempre que tem alguma comemoração, sempre usamos os pratos da minha bisa. Eu achava muito normal. Até que me dei conta que ela era muito talentosa para fazer isso, e às vezes eu não valorizo. Não valorizava. Agora eu entendo mais”.

Foi um desafio trabalhar em equipe?

Giovanna: “Quando passamos para a final, a Prof. Michele disse que o mais difícil era trabalhar em equipe. Eu e o Bê somos muito criativos, e o Sami escreve muito bem, então a gente se completa.”

Samuel: “A gente trabalha muito bem em equipe. Eu gosto bastante de escrever, faço isso há bastante tempo. Fizemos vários simulados. Eles vão dizendo e eu consigo sintetizar, o que eles têm mais dificuldade.”

Qual é a importância de uma Olimpíada focada na história do Brasil?

Bernardo: “É muito importante o estudo da história, ainda mais com essa nova onda de fake news. Cada vez mais surgem fake news históricas, que se aproveitam da falta de acesso à educação no Brasil. Eles alteram a história para a criação de uma ideia de uma ideologia, que não é favorável ao nosso país. A Olimpíada se torna uma forma de lutar contra a desinformação.”

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