Em Florianópolis, a cada ano que passa, fica mais e mais difícil fugir da poluição humana, com seus prédios e motores barulhentos. Os sambaquis, oficinas líticas e artes rupestres se mantêm vivas e despertam a curiosidade das pessoas. Atrás destas pegadas dos povos do Sambaqui, os estudantes do 2º ano B foram ao Costão do Santinho para conhecer as inscrições rupestres, que podem datar de mais de 4 mil anos atrás!
A equipe da Escola da Ilha realizou uma trilha e foi acompanhada por um guia. Os estudantes Maria Martins Ozorio e Martín Iser Campos relatam um pouco das descobertas desta aventura. Senta, que lá vem história…
Martín começa contando: “A gente fez uma trilha e eu pensei que aqui é um lugar muito antigo que foi descoberto há muuuito tempo. Acho que tem uns 5 mil anos…”.
Maria fala com os olhinhos bem vivos: “Descobrimos que lá onde tem as artes rupestres não é o Costão do Santinho, ele fica lá do outro lado. Este é o Costão das Aranhas. Mas você acha que as pessoas iriam querer ir para um hotel que ia se chamar Costão das Aranhas?”. Martín complementa, “Conta a história, que antes tinha uma pedra com a imagem de um santo lá. Tinha gente que ia lá rezar na pedra. O padre não gostava e dizia que era tudo invenção. Então, ele removeu a pedra de algum jeito e ninguém sabe onde ela está.”
A professora Letícia deu início a essa aventura, no começo do ano, escolhendo o tema junto da turma. Os alunos votaram: Turma do Fogo. Assim, a professora começou a planejar este projeto de aprendizado: “Logo no início quando surgiu a Turma do Fogo pensei em iniciar os trabalhos lá no começo, na pré-história. Estudamos sobre a origem do fogo, os homens das cavernas e surgiram as inscrições rupestres. Estas são formas de registrar as diversas atividades e conhecimentos dos povos antigos: caças, quantidades, símbolos e entre tantas coisas”.
Quando eles voltaram, produziram desenhos em folha inspirados nas artes rupestres. Maria conta um pouco melhor sobre o processo: “A gente fez com carvão vegetal e eles fizeram com um carvão mais duro. Eu acho que os desenhos não são tão ‘perfeitos’, mas as linhas são muito retas! Ainda sim são bem bonitos!”.
Complemento: apagamento cultural
Neste link você pode conferir todos os sítios arqueológicos da Ilha registrados pelo grupo Floripa Arqueológica. Sempre é uma boa ideia conhecer a história com os próprios olhos.
O crescimento desenfreado das cidades não só tem colocado a habitação na Terra em risco, mas apagado os registros das culturas antigas. Conforme denúncia no portal de Balneário Camboriú no mês de junho de 2023, um dos grandes sambaquis da região, no bairro Laranjeira, está sendo destruído pela construção civil sem uma supervisão qualificada. O fato se assemelha bastante com o caso do resort Costão do Santinho.
A pesquisa “Legislação ambiental e urbanística no Brasil: o Caso Costão do Santinho Resort em Florianópolis/SC” do Geógrafo Gabriel Bertimes Di Bernardi Lopes constata que “a escavação do terreno, sem uma análise anterior por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) poderá impactar de forma irreversível patrimônio cultural”. Para combater esses apagamentos, a educação se torna uma ferramenta necessária para valorizar estes espaços.
Em Florianópolis, a cada ano que passa, fica mais e mais difícil fugir da poluição humana, com seus prédios e motores barulhentos. Os sambaquis, oficinas líticas e artes rupestres se mantêm vivas e despertam a curiosidade das pessoas. Atrás destas pegadas dos povos do Sambaqui, os estudantes do 2º ano B foram ao Costão do Santinho para conhecer as inscrições rupestres, que podem datar de mais de 4 mil anos atrás!
A equipe da Escola da Ilha realizou uma trilha e foi acompanhada por um guia. Os estudantes Maria Martins Ozorio e Martín Iser Campos relatam um pouco das descobertas desta aventura. Senta, que lá vem história…
Martín começa contando: “A gente fez uma trilha e eu pensei que aqui é um lugar muito antigo que foi descoberto há muuuito tempo. Acho que tem uns 5 mil anos…”.
Maria fala com os olhinhos bem vivos: “Descobrimos que lá onde tem as artes rupestres não é o Costão do Santinho, ele fica lá do outro lado. Este é o Costão das Aranhas. Mas você acha que as pessoas iriam querer ir para um hotel que ia se chamar Costão das Aranhas?”. Martín complementa, “Conta a história, que antes tinha uma pedra com a imagem de um santo lá. Tinha gente que ia lá rezar na pedra. O padre não gostava e dizia que era tudo invenção. Então, ele removeu a pedra de algum jeito e ninguém sabe onde ela está.”
A professora Letícia deu início a essa aventura, no começo do ano, escolhendo o tema junto da turma. Os alunos votaram: Turma do Fogo. Assim, a professora começou a planejar este projeto de aprendizado: “Logo no início quando surgiu a Turma do Fogo pensei em iniciar os trabalhos lá no começo, na pré-história. Estudamos sobre a origem do fogo, os homens das cavernas e surgiram as inscrições rupestres. Estas são formas de registrar as diversas atividades e conhecimentos dos povos antigos: caças, quantidades, símbolos e entre tantas coisas”.
Quando eles voltaram, produziram desenhos em folha inspirados nas artes rupestres. Maria conta um pouco melhor sobre o processo: “A gente fez com carvão vegetal e eles fizeram com um carvão mais duro. Eu acho que os desenhos não são tão ‘perfeitos’, mas as linhas são muito retas! Ainda sim são bem bonitos!”.
Complemento: apagamento cultural
Neste link você pode conferir todos os sítios arqueológicos da Ilha registrados pelo grupo Floripa Arqueológica. Sempre é uma boa ideia conhecer a história com os próprios olhos.
O crescimento desenfreado das cidades não só tem colocado a habitação na Terra em risco, mas apagado os registros das culturas antigas. Conforme denúncia no portal de Balneário Camboriú no mês de junho de 2023, um dos grandes sambaquis da região, no bairro Laranjeira, está sendo destruído pela construção civil sem uma supervisão qualificada. O fato se assemelha bastante com o caso do resort Costão do Santinho.
A pesquisa “Legislação ambiental e urbanística no Brasil: o Caso Costão do Santinho Resort em Florianópolis/SC” do Geógrafo Gabriel Bertimes Di Bernardi Lopes constata que “a escavação do terreno, sem uma análise anterior por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) poderá impactar de forma irreversível patrimônio cultural”. Para combater esses apagamentos, a educação se torna uma ferramenta necessária para valorizar estes espaços.