A pera é toda torta. A maçã, pequenininha. O tomate tem mancha. A alface está meio passada. Mas a qualidade é a mesma ou até melhor, porque são fresquinhos, vieram diretamente do agricultor. São apanhados de manhã e vendidos à tarde. É só uma questão de aparência.
Com o lema “Gente Bonita Come Fruta Feia”, a cooperativa portuguesa “Fruta Feia”, que já tem apoio da COTEC Portugal (Associação Empresarial para a Inovação) e da Fundação Gulbenkian, pretende criar as bases que permitam diminuir o desperdício de frutas e legumes em Portugal. Em declarações à rádio TSF, sua presidente, Isabel Soares, recordou que toneladas de frutas e hortícolas ficam nos terrenos porque os agricultores nem as apanham, sabendo que não as conseguem vender porque não apresentam boa aparência.
Cerca de metade da comida produzida no mundo cada ano vai para o lixo. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o atual desperdício alimentar nos países industrializados ultrapassa 1,3 bilhões de toneladas por ano, suficientes para alimentar as cerca de 925 milhões de pessoas que todos os dias passam fome.
Pelos dados estatísticos apresentados no ano passado, em Portugal cerca de um milhão de toneladas de alimentos por ano, ou seja 17% do que é produzido, vai para o lixo.
Na Europa toda, o desperdício de produtos hortofrutícolas próprios para consumo chega aos 30%.
Esse desperdício tem consequências não apenas éticas, mas também ambientais, já que envolve o gasto desnecessário dos recursos usados na sua produção (como terrenos, energia e água) e a emissão de dióxido de carbono e metano resultante da decomposição dos alimentos que não são consumidos.
Os motivos para tal desperdício são vários e ocorrem ao longo de toda a cadeia agroalimentar: condições inadequadas de colheita, armazenamento e transporte, adoção de prazos de validade demasiado apertados e promoções que encorajam os consumidores a comprarem em excesso, entre outros, são algumas das causas que contribuem para o enorme desperdício atual.
Em vista desse panorama, o Parlamento Europeu declarou 2014 como o Ano Europeu contra o Desperdício Alimentar. A proposta foi apresentada para que sejam tomadas decisões importantes na resolução do problema do desperdício alimentar que existe na Europa.
Assim como o projeto “Fruta Feia”, há outros, como o “Fruit Moche”, iniciativa francesa do supermercado Intermarché que visam a combater uma ineficiência de mercado, criando um mercado alternativo para frutas e hortaliças “feias” que consigam alterar padrões de consumo. Um mercado que gere valor para os agricultores e consumidores e combata tanto o desperdício alimentar como o gasto desnecessário dos recursos utilizados na sua produção.
Essa é uma daquelas ideias simples que, se derem certo, podem ser boas para todo mundo: para o produtor rural, que vende o produto que antes ia para o lixo ou, no máximo, para a alimentação dos animais; para os consumidores, que fazem uma boa economia, porque compram mais barato e, principalmente, para o meio ambiente, porque há economia de energia, água, espaço.
Uma boa ideia, que deveria se espalhar pelo mundo.
referências
http://www.frutafeia.pt/projecto
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/12/mercado-de-fruta-feia-oferece-menor-preco-e-reduz-desperdicio-em-lisboa.html
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3414755
http://europedirect.ccdr-alg.pt/portal/index.php?name=News&file=article&sid=170#.U-4gc1aZMnU
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-desperdicio-de-comida-imp-,992093
http://envolverdhttp://envolverde.com.br/sociedade/comunicacao/fruta-feia/e.com.br/sociedade/comunicacao/fruta-feia/
A pera é toda torta. A maçã, pequenininha. O tomate tem mancha. A alface está meio passada. Mas a qualidade é a mesma ou até melhor, porque são fresquinhos, vieram diretamente do agricultor. São apanhados de manhã e vendidos à tarde. É só uma questão de aparência.
Com o lema “Gente Bonita Come Fruta Feia”, a cooperativa portuguesa “Fruta Feia”, que já tem apoio da COTEC Portugal (Associação Empresarial para a Inovação) e da Fundação Gulbenkian, pretende criar as bases que permitam diminuir o desperdício de frutas e legumes em Portugal. Em declarações à rádio TSF, sua presidente, Isabel Soares, recordou que toneladas de frutas e hortícolas ficam nos terrenos porque os agricultores nem as apanham, sabendo que não as conseguem vender porque não apresentam boa aparência.
Cerca de metade da comida produzida no mundo cada ano vai para o lixo. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o atual desperdício alimentar nos países industrializados ultrapassa 1,3 bilhões de toneladas por ano, suficientes para alimentar as cerca de 925 milhões de pessoas que todos os dias passam fome.
Pelos dados estatísticos apresentados no ano passado, em Portugal cerca de um milhão de toneladas de alimentos por ano, ou seja 17% do que é produzido, vai para o lixo.
Na Europa toda, o desperdício de produtos hortofrutícolas próprios para consumo chega aos 30%.
Esse desperdício tem consequências não apenas éticas, mas também ambientais, já que envolve o gasto desnecessário dos recursos usados na sua produção (como terrenos, energia e água) e a emissão de dióxido de carbono e metano resultante da decomposição dos alimentos que não são consumidos.
Os motivos para tal desperdício são vários e ocorrem ao longo de toda a cadeia agroalimentar: condições inadequadas de colheita, armazenamento e transporte, adoção de prazos de validade demasiado apertados e promoções que encorajam os consumidores a comprarem em excesso, entre outros, são algumas das causas que contribuem para o enorme desperdício atual.
Em vista desse panorama, o Parlamento Europeu declarou 2014 como o Ano Europeu contra o Desperdício Alimentar. A proposta foi apresentada para que sejam tomadas decisões importantes na resolução do problema do desperdício alimentar que existe na Europa.
Assim como o projeto “Fruta Feia”, há outros, como o “Fruit Moche”, iniciativa francesa do supermercado Intermarché que visam a combater uma ineficiência de mercado, criando um mercado alternativo para frutas e hortaliças “feias” que consigam alterar padrões de consumo. Um mercado que gere valor para os agricultores e consumidores e combata tanto o desperdício alimentar como o gasto desnecessário dos recursos utilizados na sua produção.
Essa é uma daquelas ideias simples que, se derem certo, podem ser boas para todo mundo: para o produtor rural, que vende o produto que antes ia para o lixo ou, no máximo, para a alimentação dos animais; para os consumidores, que fazem uma boa economia, porque compram mais barato e, principalmente, para o meio ambiente, porque há economia de energia, água, espaço.
Uma boa ideia, que deveria se espalhar pelo mundo.
referências
http://www.frutafeia.pt/projecto
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/12/mercado-de-fruta-feia-oferece-menor-preco-e-reduz-desperdicio-em-lisboa.html
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3414755
http://europedirect.ccdr-alg.pt/portal/index.php?name=News&file=article&sid=170#.U-4gc1aZMnU
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-desperdicio-de-comida-imp-,992093
http://envolverdhttp://envolverde.com.br/sociedade/comunicacao/fruta-feia/e.com.br/sociedade/comunicacao/fruta-feia/