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A História Silenciosa de Florianópolis: Memórias Apagadas

Florianópolis, para além das praias e cartões-postais, é também uma cidade atravessada por disputas de memórias. O surgimento das primeiras edificações, por exemplo, se deu por mão de obra escravizada, mas este fato é frequentemente apagado pelos passos ligeiros do crescimento urbano. Os estudantes da 2ª série do Ensino Médio conheceram este ponto de vista pela primeira vez em uma saída pedagógica do Itinerário Formativo de Ciências Humanas, com os professores Rafael Garcia e Oto Luna, ao centro da cidade, acompanhados do Guia Manezinho.

Helena Cyrne, 2ª série EM: “O guia Manezinho nos contou que foram os escravizados que construíram vários daqueles prédios, mas eles não podiam frequentar. Tinham lugares para negros e lugares para brancos.”

Na disciplina de Observatório Geográfico, os jovens estudaram sobre os investimentos públicos e privados em áreas degradadas do centro histórico. Esses investimentos transformaram a paisagem urbana e as dinâmicas sociais e econômicas na cidade.

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Alavancas para a Vida: Jiu-jitsu na sala de aula

O jiu-jitsu que chega às escolas ensina muito mais que quedas e imobilizações. Neste projeto que completa três anos, os alunos descobrem na arte marcial lições de autocontrole que extrapolam o tatame. “No começo queriam só futsal, vôlei, handebol e basquete, mas, depois que conhecem, eles adoram e pedem mais”, comenta sorrindo o professor Rafael Mano, ao ver a resistência inicial se transformar em entusiasmo.

Enzo Nascimento, 8º ano A: Às vezes a gente se prende muito naqueles 4 esportes básicos, mas temos que buscar aprender coisas novas…

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Esporte e estudo: rugbymans da escola testemunham

Em três anos, o rugby saiu de 5 para mais de 150 atletas em Santa Catarina – muitos deles alunos da Escola da Ilha, em Florianópolis. O crescimento pós-pandemia, liderado pelo estudante e atleta da seleção brasileira Francisco Carvalho Da Ros, esbarra em um desafio comum: equilibrar os estudos e o esporte. Para isso, a Escola da Ilha tem sido um apoio importante, fornecendo flexibilidade e incentivo à prática esportiva.

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Alunos se revoltam com vandalismo em arte rupestre

“Alguém chegou a perguntar se aquilo era uma inscrição rupestre, mas não era. Aquilo é um crime! Não pode fazer isso”. Gabriel Käfer, de 8 anos, estudante do 3º ano B, se impressionou com o vandalismo sobre uma inscrição rupestre. As turmas do 3º ano foram ao Costão do Santinho para conhecer alguns dos registros históricos mais antigos da ilha. A saída pedagógica foi acompanhada por um guia que conversou bastante sobre a relação que se tem com a natureza e a história indígena.

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Conhecer para proteger: a visita do 1º ano B ao Projeto Tamar

Fundado em 1980 por um grupo de estudantes de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o Projeto Tamar tem como missão proteger as tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. Recentemente, a Turma dos Oceanos, 1º ano B, foi ao centro de visitação na Barra da Lagoa, levando protetor solar, repelente e boné para a saída pedagógica.

Durante a visita, os alunos tiveram a oportunidade de observar tartarugas marinhas em tanques, aprender sobre sua biologia e compreender a importância da preservação ambiental. As crianças compartilharam seus aprendizados:

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7º anos debatem crise climática e alertam: ‘O problema já está aqui’

Os estudantes dos 7º anos iniciaram no mês de março uma jornada de estudos sobre a atual crise climática e suas implicações na sociedade brasileira. Os estudantes receberam especialistas convidadas pela professora de Ciências Rosana Cislaghi, que trouxeram abordagens nacionais e internacionais sobre o tema.

A primeira convidada foi a engenheira química Caroline Gonçalves, que apresentou uma análise sobre o efeito estufa e a crise climática.

Artur Ferlin, 7ºA: “O efeito estufa é natural, mas com a emissão de gases pelo ser humano os raios de sol entram e não estão saindo, deixando tudo muito quente. Na história do planeta até que tinham estas variações, mas demoravam mais tempo. O tempo está muito instável.”

Maria Fernanda Vieira, 7ºB: “Outro exemplo são estas chuvas. Ora está chovendo demais, ora está muito quente. O derretimento das calotas de gelo está subindo o nível do mar.”

Artur Ferlin, 7ºA: “A crise climática já está aqui. Não é uma coisa que está para acontecer, que se a gente não tomar cuidado vai acontecer. Ela está acontecendo e estamos presenciando isso. Há muita esperança na COP 30, porque será feita aqui na Amazônia, que é uma floresta gigantesca e muito importante para o mundo.”

A segunda convidada foi a engenheira agrônoma Madlene da Silva, da Associação de Engenheiros Agrônomos da Região de Florianópolis, para aprofundar os estudos sobre o agronegócio e o aquecimento global.