Alavancas para a Vida: Jiu-jitsu na sala de aula

O jiu-jitsu que chega às escolas ensina muito mais que quedas e imobilizações. Neste projeto que completa três anos, os alunos descobrem na arte marcial lições de autocontrole que extrapolam o tatame. “No começo queriam só futsal, vôlei, handebol e basquete, mas, depois que conhecem, eles adoram e pedem mais”, comenta sorrindo o professor Rafael Mano, ao ver a resistência inicial se transformar em entusiasmo.

Enzo Nascimento, 8º ano A: “Às vezes a gente se prende muito naqueles 4 esportes básicos, mas temos que buscar aprender coisas novas. Eu conheci bastante gente por causa do jiu-jitsu. Nos campeonatos, já lutei com pessoas que hoje são meus amigos . É um estilo de vida no qual aprendemos a ter respeito pelo outro, respeito ao mestre, hierarquia e a disciplina”.

Maria Luiza Antunes Arêas Fontes, 8º ano A: “Eu acho bem legal porque trazendo o esporte para cá, a gente pode ter uma melhor noção de outras possibilidades. É muito bom estar fazendo com alguém que você conheça, que você sabe que não vai fazer algo para realmente lhe machucar”.

Enzo Nascimento, 8º ano A, (olhando para os colegas no tatame): “Eu estou vendo que a maioria está gostando, estão se ajudando. A mensagem é que o jiu-jitsu não é apenas uma luta, mas um estilo de vida”.

A professora convidada, Shelley Ceccato, faixa preta em jiu-jitsu, é professora da Escola há muitos anos e tem grande experiência nesta arte marcial. Para ela, o objetivo principal da defesa pessoal é aprender a lutar para não lutar: “O principal para quem pratica o jiu-jitsu é o diálogo”.

Prof. Rafael Mano: “É sempre muito importante trazer para eles novas formas de se movimentar, novas formas de se exercitar, novas formas de conhecer um outro mundo que as artes marciais trazem”.

O silêncio atento durante as explicações, o respeito às regras e os conflitos resolvidos com palavras provam que, no tatame como na vida, a melhor defesa é sempre uma boa educação.

Comentários