FITA FLORIPA

O 11° FITA – Festival Internacional de Teatro de Animação ocorreu de 20 a 27 de maio em diversas cidades catarinenses. Pioneiro em Santa Catarina em sua modalidade, é considerado atualmente o maior festival de teatro do estado.

A cada edição, acontecem apresentações teatrais, exposições, mesas de conversas e outras atividades artísticas nas quais o público e os profissionais da área de várias partes do mundo se encontram e se expressam. Neste ano, o festival contou com companhias nacionais de diversos estados e com as estrangeiras latino-americanas – chilenas, uruguaias e peruanas – e também europeias – holandesa e espanhola.

Por isso mesmo, os alunos da Escola da Ilha, 6° ano A e B, da disciplina de teatro, ministrada pelo professor Marco Antonio Oliveira, não poderiam ficar de fora. No dia 23, pela manhã, os alunos foram acompanhados por ele e também pelas professoras Helena Hörberg e Michele Morais para assistir ao espetáculo “Ananse e o baú de histórias”, da Cia Sombreiro Andante do Rio de Janeiro.

A peça foi inspirada no conto africano de mesmo nome, e nela os seres fantásticos e a magia do mundo animal são apresentados numa estética multifacetária, na qual se entrelaçam o teatro de sombras – que utiliza silhuetas com vários recursos –, além do corpo do ator – o canto, a dança, a música e a contação de histórias.

“O contato dos alunos com o teatro amplia o capital cultural deles, e é muito interessante que assistam a outras linguagens como o teatro de animação, que vai além da representação do ator”, afirma o professor Marco. O aluno Lorenzo Serra, do 6° A, revela já ter aprendido em sala de aula: “A projeção de sombras é uma forma antiga da representação no teatro”.

Durante a apresentação, os alunos se envolveram com a história. A aluna Karen Neves, do 6° ano A, comenta, entusiasmada: “Gostei muito da peça, bem criativa, e a projeção das sombras foi fantástica”.

Segundo o elenco da peça, “a reinvenção dessa história, de matriz africana, trata da importância de manter vivas as tradições afro-brasileiras e, ao mesmo tempo, mostrar o papel da tradição como recurso para a construção de novos significados e o estímulo à criatividade no teatro de animação contemporâneo”.

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