João da Cruz e Sousa, ilustre catarinense multifacetado, tem hoje seu nome gravado em inúmeros monumentos e prédios de Santa Catarina, em particular no Palácio situado na Praça XV, no Centro de Florianópolis, que abriga um museu histórico.
Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis, em 1861. Era negro, filho de alforriados. Isso era mais do que suficiente para significar que o menino teria dificuldades na vida.
Mas Cruz e Sousa sobre trilhar seu caminho. Amante das artes e poeta, foi um dos maiores expoentes do Simbolismo brasileiro. Foi redator e diretor dos jornais Abolicionista e Tribuna Popular e do semanário O Moleque, importantes meios de comunicação do século XIX.
Entretanto, fruto direto do preconceito e da indiferença contra o qual muitos lutam ainda hoje, Cruz e Sousa é quase invisível na historiografia regional e nacional. Poucos conhecem a sua história e a sua importância no cenário nacional.
Para sanar essa dívida histórica, diversas instituições estaduais organizaram, neste ano, uma série de comemorações com o objetivo de celebrar os 156 anos do seu nascimento.
Este também foi o tema escolhido pelas turmas do 4° ano de 2017 (hoje no 5º ano) para o projeto pedagógico com a professora Silvana Cenci, de Estudos Sociais. “Os alunos conheceram pesquisaram a sua biografia e se envolveram principalmente com as questões relacionadas à discriminação social vivida por ele”, ressalta a professora.
O tema permitiu também à professora introduzir um novo estilo literário – a poesia – no repertório dos alunos. A poesia simbolista tem, em geral, um vocabulário rebuscado: o dicionário teve, portanto, presença indispensável no trabalho dos alunos. “A poesia de Cruz Sousa, apesar de ser de difícil compreensão, estimulou muito a criatividade dos alunos, que puderam criar as suas próprias poesias, despertaram o interesse pela sonoridade das palavras e expandiram o seu vocabulário”, afirma a professora.
No Encontrão Cultural, em julho, apresentaram um varal com poesias de Cruz e Sousa, ilustradas como atividade das aulas de artes plásticas. O varal também incluía uma poesia coletiva, criada pelos próprios alunos.
No Arte da Ilha, os alunos apresentaram uma peça criada por eles – diálogos e figurinos incluídos – que relatava alguns fatos significativos da vida do poeta, em diversas fases da sua vida, criança, jovem e adulto.
O aluno Roco Woof, de 10 anos, intérprete do padre que celebrou o casamento de Cruz e Sousa, contou: “Foi empolgante participar da peça, principalmente porque pude declamar uma poesia simbolista”.
“O poeta era filho de escravos libertos, por isso, quando representei o rompimento das correntes, eu declamei com toda força e emoção a poesia Liberdade”, ressalta o aluno Samuel Basbaum, de 9 anos. Veja as fotos da apresentação da peça.
Além disso, os alunos aprenderam em sala a arte poética tanto escrita quanto visual. “Gostei muito de fazer uma poesia visual, pois a escolha das cores serve para dizer o que se está sentindo”, filosofa Roco.
“É a primeira vez que estudamos poesia, e foi muito interessante conhecer a vida e a obra do poeta simbolista. Agora eu sei que por meio de palavras com conotações escuras, sombrias e frias Cruz e Sousa descrevia os seus sentimentos de medo e tristeza, como na poesia Cárcere das Almas”, afirma Samuel.
Essa poesia faz parte da exposição “Dizer e ver Cruz e Sousa”, sediada no Palácio Cruz e Sousa, organizada para comemorar o aniversário do poeta com obras de artistas plásticos catarinenses, que recriaram algumas poesias do Cisne Negro, alcunha do poeta.
Os alunos do 4° ano (2017) foram visitar a exposição em dezembro. Lá, as crianças declamaram os poemas expostos e interpretaram as obras presentes em um exercício de reflexão e contemplação do universo poético e artístico de Cruz e Sousa.
Veja as fotos da visita das turmas do 4º ano 2017 ao Palácio Cruz e Sousa.
Esta não foi a única visita a museu que os alunos fizeram. Em agosto, eles visitaram também o Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu. Confiram aqui as fotos da visita do 4º A. Aqui, as fotos da visita do 4º B.
João da Cruz e Sousa, ilustre catarinense multifacetado, tem hoje seu nome gravado em inúmeros monumentos e prédios de Santa Catarina, em particular no Palácio situado na Praça XV, no Centro de Florianópolis, que abriga um museu histórico.
Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis, em 1861. Era negro, filho de alforriados. Isso era mais do que suficiente para significar que o menino teria dificuldades na vida.
Mas Cruz e Sousa sobre trilhar seu caminho. Amante das artes e poeta, foi um dos maiores expoentes do Simbolismo brasileiro. Foi redator e diretor dos jornais Abolicionista e Tribuna Popular e do semanário O Moleque, importantes meios de comunicação do século XIX.
Entretanto, fruto direto do preconceito e da indiferença contra o qual muitos lutam ainda hoje, Cruz e Sousa é quase invisível na historiografia regional e nacional. Poucos conhecem a sua história e a sua importância no cenário nacional.
Para sanar essa dívida histórica, diversas instituições estaduais organizaram, neste ano, uma série de comemorações com o objetivo de celebrar os 156 anos do seu nascimento.
Este também foi o tema escolhido pelas turmas do 4° ano de 2017 (hoje no 5º ano) para o projeto pedagógico com a professora Silvana Cenci, de Estudos Sociais. “Os alunos conheceram pesquisaram a sua biografia e se envolveram principalmente com as questões relacionadas à discriminação social vivida por ele”, ressalta a professora.
O tema permitiu também à professora introduzir um novo estilo literário – a poesia – no repertório dos alunos. A poesia simbolista tem, em geral, um vocabulário rebuscado: o dicionário teve, portanto, presença indispensável no trabalho dos alunos. “A poesia de Cruz Sousa, apesar de ser de difícil compreensão, estimulou muito a criatividade dos alunos, que puderam criar as suas próprias poesias, despertaram o interesse pela sonoridade das palavras e expandiram o seu vocabulário”, afirma a professora.
No Encontrão Cultural, em julho, apresentaram um varal com poesias de Cruz e Sousa, ilustradas como atividade das aulas de artes plásticas. O varal também incluía uma poesia coletiva, criada pelos próprios alunos.
No Arte da Ilha, os alunos apresentaram uma peça criada por eles – diálogos e figurinos incluídos – que relatava alguns fatos significativos da vida do poeta, em diversas fases da sua vida, criança, jovem e adulto.
O aluno Roco Woof, de 10 anos, intérprete do padre que celebrou o casamento de Cruz e Sousa, contou: “Foi empolgante participar da peça, principalmente porque pude declamar uma poesia simbolista”.
“O poeta era filho de escravos libertos, por isso, quando representei o rompimento das correntes, eu declamei com toda força e emoção a poesia Liberdade”, ressalta o aluno Samuel Basbaum, de 9 anos. Veja as fotos da apresentação da peça.
Além disso, os alunos aprenderam em sala a arte poética tanto escrita quanto visual. “Gostei muito de fazer uma poesia visual, pois a escolha das cores serve para dizer o que se está sentindo”, filosofa Roco.
“É a primeira vez que estudamos poesia, e foi muito interessante conhecer a vida e a obra do poeta simbolista. Agora eu sei que por meio de palavras com conotações escuras, sombrias e frias Cruz e Sousa descrevia os seus sentimentos de medo e tristeza, como na poesia Cárcere das Almas”, afirma Samuel.
Essa poesia faz parte da exposição “Dizer e ver Cruz e Sousa”, sediada no Palácio Cruz e Sousa, organizada para comemorar o aniversário do poeta com obras de artistas plásticos catarinenses, que recriaram algumas poesias do Cisne Negro, alcunha do poeta.
Os alunos do 4° ano (2017) foram visitar a exposição em dezembro. Lá, as crianças declamaram os poemas expostos e interpretaram as obras presentes em um exercício de reflexão e contemplação do universo poético e artístico de Cruz e Sousa.
Veja as fotos da visita das turmas do 4º ano 2017 ao Palácio Cruz e Sousa.
Esta não foi a única visita a museu que os alunos fizeram. Em agosto, eles visitaram também o Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu. Confiram aqui as fotos da visita do 4º A. Aqui, as fotos da visita do 4º B.