INCLUSÃO

A garantia de acesso à educação e permanência na escola dos alunos portadores de necessidades educativas especiais é um direito que vem sendo conquistado ao longo dos anos e está, hoje, previsto em lei. Trata-se de respeitar um direito de todos, de complementar a constante busca pelo respeito aos direitos humanos para todos os cidadãos, qualquer que sejam suas peculiaridades.

Ao longo destes anos, muitas ideias e práticas sobre inclusão vêm sendo discutidas e, cada vez mais aceitas e praticadas em diferentes segmentos educacionais. Vemos uma evolução constante neste sentido.

Hoje, sabemos que incluir não é normatizar as pessoas, não é criar técnicas e práticas para moldá-las a um único padrão estabelecido. Ser ou estar incluído é ter suas singularidades ou suas necessidades respeitadas, trabalhadas, desenvolvidas e integradas às do grupo que o recebe. Por esta razão, também o grupo (turma, professores e outros profissionais da comunidade escolar) deverá ser trabalhado, desenvolvido e integrado às particularidades do indivíduo, para acolhê-lo de forma construtiva. Inclusão é, assim, acomodação, assimilação e, portanto, adaptação tanto de quem entra, quanto de quem acolhe.

Por isso, as iniciativas de inclusão são, também para os demais alunos, uma oportunidade, afinal buscamos contribuir para a formação de cidadãos plenos, conscientes e preparados para a vida, com muitos conhecimentos, muita cultura e, sobretudo, muita ética. Inclusão significa, portanto, aprendizagem para todos.

Trata-se de um processo com muitos imprevistos, no qual as fórmulas prontas são de pouca utilidade, que exige atenção e aperfeiçoamento constante. Trata-se de uma inovação que não está necessariamente no inusitado, mas muitas vezes, na concretização do óbvio, do simples, do que é possível fazer na realidade em que (con)vivemos, para que possa ser compreendida e aceita.

Este foi um dos desafios básicos estabelecidos para o Setor de Psicopedagogia da Escola, implantado a partir de 2005. Para dar conta dele e transformar intenção em prática efetiva, temos investindo desde então na capacitação dos professores (reuniões, palestras, cursos) e dos demais profissionais da Escola e no acompanhamento sistemático de suas atividades. A Escola trabalha, constantemente, na conscientização de toda a comunidade escolar sobre o tema e, sobretudo, na adequação dos métodos de trabalho de toda a Escola à diversidade entre os alunos.